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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Divagação científica: divulgando ciências cientificamente - 3

Seguindo a série, farei aqui minhas anotações do já mencionado trabalho de Alberguini 2007 - de parte do capítulo 2.

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Alberguini, AC. 2007. A ciência nos telejornais brasileiros: o papel educativo e a compreensão pública das matérias de CT&I. Tese de doutorado – Comunicação Social. Universidade Metodista de São Paulo. 300 pp.
Comunicação midiática: comunicação realizada, fundamentalmente, através de algum suporte técnico-tecnológico de comunicação. Alberguini 2007.
Comunicação interpessoal ou grupal: modalidades de comunicação realizada na forma presencial, como congressos, aulas, peças de teatro ou museus, por exemplo, mesmo empregando aparatos de mídia. Alberguini 2007.
Compreensão pública da ciência: todas as formas de comunicação de CT&I que se realizam através de suporte midiático (TV, internet, jornal, revista, rádio, etc.) para um público de massa, caracterizado como heterogêneo. Alberguini 2007.
Difusão científica: missão do cientista de transmitir ao público os conhecimentos de sua área. Calvo Hernando 2006.
Todo e qualquer processo ou recurso usado para a comunicação de informação científica e tecnológica. Leitão e Albagli 19997.
Disseminação científica: envio de mensagens elaboradas em linguagens especializadas, para públicos selecionados e restritos. Comunicação interpares, do cientista para os próprios cientistas. Calvo Hernando 2006.
Comunicação primária/disseminação. Epstein 2002.
Disseminação intrapares: entre especialistas de uma mesma área de conhecimento. Bueno 1984.
Disseminação extrapares: para especialistas de outras áreas de conhecimento. Bueno 1984.
Divulgação científica: todo tipo de atividade de ampliação e atualização do conhecimento. Envio de mensagens elaboradas mediante a transcodificação da linguagem técnica para uma linguagem compreensível pelo público amplo. Calvo Hernando 2006.
Também se usam as expressões: vulgarização científica, popularização científica e alfabetização científica.
Comunicação secundária/divulgação. Epstein 2002.
Uso de recursos e processos técnicos para a comunicação de informação científica e tecnológica para o público em geral, vulgarização científica. Leitão e Albagli 1997.
Utilização de recursos, técnicas e processos para a veiculação de informações científicas e tecnológicas ao público em geral. Bueno 1984.
Jornalismo científico: transmissão ao público, por meio de notícias, reportagens, entrevistas e artigos, o sentido e o sabor do conhecimento científico, assim como suas crescentes implicações sociais, com papel informativo e formativo. Contribui para preencher lacunas escolares e para atualizar o cidadão. Reis 1984.
Conjunto das atividades jornalísticas que se dedica a assuntos científicos e tecnológicos e que se direciona para o grande público não-especializado, por meio de diversas mídias: rádio, televisão, jornais especializados e outras publicações de divulgação. Thiollent 1984.
Não se restringe à cobertura de assuntos específicos de CT&I, o conhecimento científico pode ser usado para compreender melhor qualquer fato, p.e. sobre uma enchente (divulgada na editoria de cidade), um jornalista pode conversar com meteorologistas para entender o fenômeno natural. Oliveira 2002.
[‘science communication’, ‘public understanding of science’, PUS*, 'public awareness of science'*, PAWS*, ‘public engagement’, 'public engament with science and technology'*, PEST*, ‘public communication of science’, 'public communication of science and technology'*, PCST*, 'science popularization'*, 'popular science'*, 'science outreach'*, 'public outreach'*, 'education and public outreach'*, EPO*, E/PO*, 'science and the media'*, 'science in society'*, ‘divulgación científica’, ‘vulgarización científica’, ‘alfabetización científica’, ‘comunicación científica’.]
*Upideite (18/set/2009)
Temas de trabalhos acadêmicos sobre a relação ciência e comunicação (Souza 2004):
a) interesse da mídia por C&T: medição da presença de temas de C&T na mídia (jornais, revistas, meios eletrônicos...), uso de fontes, temas de maior interesse, status (lugar ocupado), comparações entre veículos de mesma natureza;
b) tratamento discursivo: análise do discurso da mídia sobre C&T;
c) modelo de déficit (ou de formação): necessidade de melhor preparo dos divulgadores e dos cientistas em sua relação com a mídia;
d) relação custo/benefício: relação dos benefícios trazidos pela área de Comunicação às ciências;
e) dimensão pedagógica: alfabetização científica, transmissão de valores e conhecimentos científicos;
f) tipo ideal: soluções sobre como melhorar o relacionamento entre cientistas e mídia e diminuir a distância entre o público e as ciências;
g) relação CT&S: lugar da comunicação, principalmente midiática, na construção dos conhecimentos e da técnica e a apropriação destes pela sociedade;
h) dimensão ética: para Souza (2004), é um tema sempre presente, mas não de modo explícito.
Upideite (18/set/2009): A Profa. Alessandra Carvalho, do Karapanã, gentilmente disponibilizou texto com parte de sua dissertação de mestrado que trata da taxonomia e nomenclatura da comunicação de ciências, com ênfase na questão do jornalismo científico. Pode ser acessado por aqui (é preciso se cadastrar no Google). Publicarei em outra postagem resumo do trecho correspondente ao jornalismo de ciências.

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