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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A origem 150 - parte 3 de 7

Parte 2

Um esboço histórico do progresso recente da opinião a respeito da Origem das Espécies (cont.)

O celebrado geólogo e naturalista, Von Buch, em seu excelente ‘Description Physique des Iles Canaries’ (1836, p. 147), claramente expressa sua crença que as variedades lentamente se tornam modificadas permanentemente em espécies, que não são mais capazes de se intercruzar.

Rafinesque, em seu ‘New Flora of North America’, publicada em 1836,escreveu (p. 6) como sefue: - “Todas as espécies podem ter sido variedades uma vez, e muitas variedades estão gradualmente se tornam espécies ao assumirem caracteres constantes e peculiares:’ mas mais adiante (p. 18) ele acrescenta, “exceto os tipos originais dos ancestrais do gênero”.

Em 1843-44, Professor Haldeman (Boston Journal of Nat. Hist. U. States, v. iv. P. 468) habilmente apresentou argumentos prós e contras a hipótese do desenvolvimento e modificação das espécies: ele parece se inclinar para o lado da mudança.

O ‘Vestiges of Creation’ apareceu em 1844. Na décima e muito melhorada edição (1853) o autor anônimo diz (p. 155): - “A proposição determinada após muita consideração é que as várias séries de seres animados, do mais simples e velho ao mais alto e recente, são, sob a providência de Deus, o resultado, primeiro, de um impulso que foi dado às formas de vida, avançando as, em tempos definidos, através das gerações, ao longo de graus de organização terminando nas dicotiledôneas e vertebrados superiores, esses graus sendo pouco numerosos e geralmente marcados por intervalos de caracteres orgânicos, que descobrimos ser a dificuldade prática em atribuir afinidades; em segundo lugar, de outro impulso conectado às forças vitais, tendendo, ao longo das gerações, a modificar as estruturas orgânicas de acordo com as circunstâncias externas, como comida, a natureza do habitat e os agentes climáticos, esta sendo as ‘adaptações’ dos teólogos naturais”. O autor aparentemente acredita que a organização avança em saltos súbitos, mas que os efeitos produzidos pelas condições de vida são graduais. Ele argumenta com muito força sobre a base geral de que as espécies não são produções imutáveis. Mas não consigo ver como os dois supostos “impulsos” explicam em um sentido científico as numerosas e belas coadaptações que vemos em toda a natureza; não consigo ver então que ganhemos qualquer insight sobre como, por exemplo, um pica-pau se tornou adaptado a seu hábito de vida peculiar. O trabalho, por seu estilo poderoso e brilhante, embora exibindo em suas primeiras edições pouco conhecimento acurado e uma grande necessidade de cautela científica, imediatamente obteve uma ampla circulação. Em minha opinião, ele fez um excelente serviço neste país de chamar a atenção para o tema, em remover o preconceito e, assim, preparar o terreno para a recepção de visões análogas.

Em 1846, o geólogo veterano M. J. d’Omalius d’Halloy publicou um excelente, embora curto, artigo (‘Bulletins de l’Acad. Roy. Bruxelles’, tom. xiii, p. 581), sua opinião é que é mais provável que as novas espécies tenham sido produzidas por descendência com modificação, do que que elas tenha sido criadas em separado: o autor promulgou sua opinião inicialmente em 1831.

Parte 4

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